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Usando corretamente as marchas

Sobre marchas e relação de marchas:
Quantas marchas pode ter uma Mountain Bike? Ela pode ter 18, 21,24,27,30 marchas.
Se uma bicicleta tem 27 marchas, ela tem 9 velocidades atrás e 3 na frente. O que isto importa? Depende, mas geralmente muito pouco. Importante é que a relação de marchas (ou relação de velocidades) seja apropriada para o uso à que se destina e que o ciclista saiba como usá-las corretamente.

Quanto mais marchas melhor? Não necessariamente. É óbvio que, quanto maior o número de marchas, mais opções de velocidades o ciclista tem. Mas a grande maioria, incluindo aí alguns profissionais, não sabe usar bem as marchas e sua relação. Relembrando: o importante é uma relação de marchas para o uso que se destina e não o número de marchas.

Uma boa relação de marchas está diretamente ligada a quem é o ciclista e onde ele irá pedalar. Ter 21 marchas num local plano não faz sentido porque as primeiras marchas, as mais reduzidas, servem para subir montanhas. Outro exemplo: uma pessoa não esportista passeando em local acidentado, necessita de uma relação que suavize muito as subidas, o que não é necessário para quem está treinado.

Atenção: para quase todas as bicicletas com câmbio vendidas no Brasil: as mudanças de marchas devem ser feitas sempre pedalando



Acionadores manuais de câmbio:
1. Mão direita para o câmbio traseiro, mão esquerda para câmbio dianteiro
2. Quanto maior o número no indicador do acionador de câmbio, mais duro de pedalar fica, mais veloz a bicicleta vai
3. Nos acionadores de câmbio que tem duas alavancas: a maior serve para amolecer o pedalar, a menor endurece o pedalar

Para quem não sabe mudar as marchas:
1. Aprenda usando só o câmbio traseiro (mão direita)
2. Esqueça o câmbio dianteiro por enquanto (mão esquerda)
3. Só acione o câmbio pedalando!
4. Não olhe para os números do acionador
5. Sempre pedalando, brinque com o acionador para sentir a diferença
6. Descubra o que acontece com as pernas cada vez que é acionado o câmbio
7. Mude uma marcha por vez e descubra quando fica mais cômodo pedalar

O segredo é manter a velocidade média de giro da perna (cadência) o mais constante possível, mudando as marchas conforme a necessidade, exatamente como no uso do câmbio do carro.

Suas pernas são o motor e há um momento correto para mudar as marchas: entre o girando demais e o forçando muito. 

No carro você não fica olhando para a alavanca de câmbio e pensando a cada vez que vai engatar uma marcha, então não faça isto na bicicleta. 

Automatize sua reação.
Não importa em que marcha está, nem o número que aparece no visor, nem qual você acredita ser a marcha ideal para aquele trecho. 

O que importa, e interessa de verdade, é quem deve comandar as marchas: são suas pernas. Elas é que vão dizer se a pedalada deve ser mais pesada ou mais leve.

Câmbio traseiro:
1. Aprenda a sentir as mudanças de seu ritmo de pedalada causadas pelas mudanças de inclinação ou vento do trajeto.
2. Tente manter o pedalar entre 60 e 90 voltas por minuto (cadência)
3. Quanto mais constante melhor, portanto, sempre que necessário, use o câmbio.
4. Muda-se a marcha pedalando, de preferência diminuindo a força no pedal no exato momento da troca de marcha
5. Câmbio traseiro aceita algum desaforo, mas seja sempre bem educado com ele :)
6. No começo é chato, depois fica automático.

Câmbio dianteiro: (quando há mais de uma coroa junto aos pedais)
1. Quando há 3 coroas (cambio dianteiro): a coroa do meio é para qualquer situação, a maior é para descidas ou velocidade, a menor é para subidas fortes
2. No acionador de câmbio esquerdo o número 1 é a coroa menor, o 2 é a do meio, e o 3 é a maior.
3. Aprenda a usar o câmbio traseiro com a corrente na coroa do meio (número 2)
4. No caso de ter só duas coroas, use a menor.
5. Só quando estiver firme no uso do câmbio traseiro é que se deve começar a usar o dianteiro.
6. Se tiver que fazer uma subida forte, e ainda não tem muita prática com o câmbio dianteiro, mude a marcha para a coroa menor antes da subida.

Muito importante: câmbio dianteiro não engata sob pressão! Não importa se a bicicleta é barata ou uma caríssima profissional. Câmbio dianteiro não aguenta desaforo! É necessário suavizar a pedalada no momento da troca de marchas.

Usando todas as marchas: (para quem já tem facilidade com as marchas)
1. Exemplo: a bicicleta tem 21 marchas, mas não tem 21 velocidades diferentes porque algumas marchas repetem a mesma relação de desmultiplicação (ou relação de velocidade).
2. Mantenha a concentração nos músculos da perna.
3. Não troque a marcha baseado no que está vendo.
4. Pode haver um "buraco" na relação: numa marcha está muito duro e na marcha seguinte está muito mole. Você terá que optar ou por diminuir a velocidade ou por fazer mais força.
5. Se passar da coroa do meio para a menor, endureça duas marchas no câmbio traseiro para manter uma continuidade na relação.
6. Se passar da coroa do meio para a maior, amoleça duas marchas no câmbio traseiro para manter uma continuidade na relação.

Importante: evite cruzar a corrente; não engate coroa maior na frente com relação maior atrás, ou coroa menor na frente com relação menor atrás.
certo
Nunca troque de marcha quando estiver pedalando em pé ou sem o apoio do selim, você pode arrebentar a corrente e levar um tombo!

Fonte: Pedala Maringa

As marchas estão escapando, o que fazer?

Normalmente, uma das 3 situações abaixo pode estar acontecendo:
  • A peça que faz a passagem das marchas pode estar desregulada;
  • A corrente pode estar frouxa ou
  • Está na hora de trocar a corrente e as catracas em função do desgaste (às vezes precisa-se trocar as coroas também).
Se você não tem muita experiência em conserto de bike, leve a uma oficina e deixe quem entende de uma magrela resolver este problema! :)

4 comentários

  1. Ótimas dicas!
    Quando comecei a pedalar ficava meio atrapalhada com as marchas, meu amigo ciclista e anjo da guarda falou para "ir na intuição", com a speed tinha só duas coroas, mas a pequena era uma 42 e eu sofria nas subidas até trocar por uma 39, fez toda a diferença!
    Outra coisa: aos iniciantes, cuidado com o câmbio cruzado. Existem algumas combinações de marchas que evitamos, para não forçar o mecanismo a corrente fica muito esticada e um pouco torcida, desalinhada em relação ao quadro. Essas posições forçam o mecanismo todo e exercem uma pressão lateral que a corrente não foi projetada para suportar. Como resultado, há desgaste prematuro do conjunto e em alguns casos até quebra da corrente.
    Tbm vai depender do tipo de cambio, indexado ou não-indexado.
    Ah! e mais uma dica que eu sempre pensei que todos os ciclistas adotavam, mas ultimamente quase não vejo, deve ser coisa de antigamente: quando vc acabar o seu treino de pedal coloque a corrente na coroa pequena e na última menor catraca, assim "descansa" a corrente e aumenta sua vida útil.
    Bom pedal e uma ótima semana!!!

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  2. muito uteis as informações. Parabens inciativas

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  3. Olha só estas dicas:

    Para quem não sabe mudar as marchas:
    1. Aprenda usando só o câmbio traseiro (mão direita)
    2. Esqueça o câmbio dianteiro por enquanto (mão esquerda)
    3. Só acione o câmbio pedalando!
    4. Não olhe para os números do acionador
    5. Sempre pedalando, brinque com o acionador para sentir a diferença
    6. Descubra o que acontece com as pernas cada vez que é acionado o câmbio
    7. Mude uma marcha por vez e descubra quando fica mais cômodo pedalar

    Outra dica: no início, deixe na coroa do meio a grande maioria do tempo, pois ela é suficiente em quase todas as situações, apenas alterando as marchas das catracas (traseiras, trocadas via mão direita). Somente nas subidas mais fortes, mude para a coroa pequena. Se quiser pegar mais velocidade, nas descidas, use a coroa grande (coroas são mudadas na mão esquerda).

    CicloAbraços, Biker

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  4. Boa noite

    Otimo

    Indica uma bike ou uma combinação de relaçao para subidas e descidas, pouco esforço nas subidas. Obrigado

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